Ipês em flor festejam o calor e enfeitam a cidade
(Foto: Cesar Brustolin)
Basta dar uma volta pelas ruas de Curitiba para perceber a exuberância dos ipês coloridos. É uma das mais belas árvores nativas e um dos símbolos da cidade. Há quem acredite que, quando suas flores nascem, acabou o inverno. Será?
... Segundo os estudiosos, não há nenhuma comprovação científica. “É uma lenda”, resume o engenheiro florestal Jaime Luiz Cobalchini, que trabalha há 19 anos no Horto Municipal da Barreirinha. Mas, isso não diminui em nada a beleza e o encantamento da espécie.
Ele explica que a florada depende de questões fisiológicas da planta, além dos fatores climáticos. “Como, neste ano, tivemos poucos dias de frio, a florada dos ipês amarelos se antecipou”, conta. “Mas isso não significa que o frio não vá voltar”, esclarece.
Cobalchini informa que normalmente a florada do ipê amarelo acontece entre agosto e setembro e dura um mês. No caso do ipê roxo, a floração começa em junho e dura em torno de um mês. “Neste ano, a permanência destas flores se prolongou também devido ao tempo seco e quente”, explica.
Espécie nativa - Árvore nativa da floresta de Araucárias, o ipê é espécie indicada para arborização viária urbana. “Como suas raízes são profundas, não comprometem as calçadas”, exemplifica o engenheiro.
Espalhados por todas as regiões da cidade, os ipês urbanos têm em média 30 anos de idade e porte médio, alcançando no máximo 10 ou 12 metros de altura. Segundo Cobalchini, há três espécies de ipês amarelos: gigantes, de várzea e miúdos.
“O ipê gigante está muito bem representado na Praça Tiradentes”, conta. Uma de suas principais características são as folhas brancas por dentro. O ipê de várzea, presente em grande número na Rodoferroviária, tem a copa mais aberta e menor porte.
O ipê amarelo miúdo tem folhas elípticas e ásperas. “Há muitas árvores desta espécie na Rua Fagundes Varella”, diz. Em comum, todas têm a beleza das flores coloridas, que se renovam constantemente durante o período de floração. “Isso faz com que elas caiam no chão, formando verdadeiros tapetes naturais”, comenta Cobalchini
Folha de Santa Felicidade!
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quarta-feira, 22 de agosto de 2012
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